Nesta sexta-feira (8), a equipe médica autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a acompanhar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou detalhes sobre o atual estado de saúde do líder conservador, que cumpre prisão domiciliar em Brasília.
Os especialistas disseram que a região abdominal — afetada pela facada sofrida durante a campanha de 2018 — está controlada após a última cirurgia, mas Bolsonaro enfrenta um novo problema: esofagite, inflamação no esôfago que tem provocado sintomas como azia, queimação, tosse e, principalmente, crises frequentes de soluço.
– Ele [Bolsonaro] apresenta sintomas como azia, queimação, soluço e tosse. O que mais o incomoda é o soluço. Quando o refluxo aumenta, aumenta o soluço. Ele era um touro antes da facada e virou outra pessoa depois – relatou um dos médicos, que disse que o político está tomando dois medicamentos para combater o problema.
O especialista acrescentou que, exceto por um episódio de erisipela, todas as internações de Bolsonaro desde 2018 tiveram relação direta com as complicações da lesão abdominal causada pela facada desferida por Adélio Bispo. O principal problema, de acordo com o médico, é que a cada nova cirurgia para corrigir as chamadas aderências intestinais, novas aderências aparecem.
– O abdômen dele não apresenta complicações no momento, mas não é normal, mesmo após a cirurgia. A cada vez que manipula, forma mais aderência. Abre para corrigir e faz mais aderência. A faca estava contaminada e rasgou o intestino – apontou.
A autorização para as visitas médicas foi concedida por Alexandre de Moraes nesta quinta-feira (7). No despacho, o ministro determinou ainda que, em caso de urgência, a defesa de Bolsonaro deverá comprovar, no prazo de 24 horas, a necessidade de eventual internação.