Caramujo africano: conheça riscos e saiba como combater

Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF

Conhecido popularmente como caramujo africano, o molusco, cujo nome científico é Achatina fulica, é considerado uma espécie exótica e invasora no Brasil. Introduzido ilegalmente no país no final da década de 1980 como uma alternativa ao escargot, ele se espalhou rapidamente e já pode ser encontrado em quase todos os estados brasileiros.

A capacidade de reprodução desses animais é assustadora. Sendo hermafroditas, eles procriam a cada dois ou três meses, por meio de fecundação cruzada. Uma única postura pode gerar, em média, 200 ovos, que se parecem com sementes de mamão, de cor branco-amarelada e parcialmente enterrados. A expectativa de vida média do caramujo africano é de 5 a 6 anos, o que agrava ainda mais o desafio do controle.

Como Agir Diante da Infestação

Caso você perceba a presença do caramujo africano em sua residência, a primeira medida é a catação do molusco, sempre com as mãos protegidas por luvas. Em seguida, é importante acionar a Vigilância Ambiental (Dival) do Distrito Federal, pelo telefone (61) 3449-4427 ou pelo Disque-Saúde 160. Os profissionais da vigilância podem identificar se o caracol é africano ou nativo e orientar o manejo adequado.

A Vigilância Ambiental orienta para o descarte correto que com o uso de luvas de limpeza, a pessoa faz a coleta dos caracóis e dos ovos e os coloca em um balde ou lata metálica. Também é preciso esmagar a concha com martelo ou alguma peça de madeira ou similar. Adicionar ao balde um litro de cloro e três litros de água e tampar. O material deverá ficar de molho por 24 horas.

Após esse período, os caramujos e ovos esmagados devem ser drenados e colocados em um saco de lixo resistente.

Outra forma de descarte é o enterro, em valas com profundidade mínima de 80 cm, longe de lençóis freáticos, cisternas ou poços artesianos. O material pode ser colocado em valas revestidas por uma camada de cal virgem, que possui a função de impermeabilizar o solo e evitar que outros animais sejam atraídos.

Prevenção: O Cuidado com a Concha e o Quintal

A quebra das conchas é uma etapa crucial e não apenas por evitar a proliferação do caramujo. Elas podem acumular água e se transformar em focos do mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, chikungunya e zika. “É importante coletar e quebrar porque quando o caracol morre, a concha pode acumular água e é muito comum a gente encontrar larvas de mosquito da dengue”, alerta o agente de vigilância ambiental em saúde, Rogério Alves de Andrades.

Além disso, é fundamental manter o quintal limpo e sem esconderijos, como materiais de construção armazenados e vegetação alta, que servem de abrigo para os caramujos. “É preciso pensar nos ambientes úmidos onde eles poderão se abrigar”, finaliza Rogério.

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