A Secretaria de Saúde (SES-DF) confirmou dois casos de febre maculosa no Distrito Federal. De acordo com a pasta, os casos são autóctones, ou seja, os pacientes se infectaram no próprio DF.
Os pacientes são um homem da faixa de 15 a 20 anos e uma mulher de 40 a 49 anos. Os casos foram identificados nesta quarta-feira (2/10), mas os dois já se recuperaram.
De acordo com a secretaria, em 2024, foram notificados 59 casos suspeitos. Destes, 40 foram descartados, 17 permanecem em investigação e dois foram confirmados.
Os casos foram comunicados ao Ministério da Saúde e foram reunidos as equipes de vigilância e assistência para adoção imediata das ações indicadas.
Febre maculosa
Causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, a doença é transmitida pela picada do carrapato. No Brasil, o carrapato-estrela é um dos principais vetores. No entanto, qualquer espécie do parasita pode carregar a bactéria.
A doença pode demorar até duas semanas para se manifestar após o contato inicial. Conforme o Ministério da Saúde, os principais sintomas da doença são:
- Dor de cabeça intensa
- Náuseas e vômitos
- Diarreia e dor abdominal
- Dor muscular constante
- Inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés
- Gangrena nos dedos e orelhas
- Paralisia dos membros que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões, causando paragem respiratória
O ministério ressalta que, além dos sintomas acima, com a evolução da febre maculosa, é comum o aparecimento de manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que não coçam, mas que podem aumentar em direção às palmas das mãos, braços ou solas dos pés.
O tratamento é realizado com antibiótico específico, segundo o Ministério da Saúde. Para isso, é necessário que se busque atedimento médico assim que surgirem os primeiros sintomas. Em alguns casos pode ser necessário internação.
A falta ou demora no tratamento da doença pode agravar o caso, levando à morte. E a recomendação para o uso do antibiótico é feita mesmo antes de sair o resultado do teste da doença.