Na manhã desta sexta-feira (17/1), o delegado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) Mikhail Rocha e Menezes, 46 anos, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva, após passar por audiência de custódia. Ele foi preso após atirar em três mulheres.
O ataque começou na casa de Mikhail e Andréa Rodrigues Machado e Menezes, 40 anos, no Residencial Santa Mônica, no Setor Habitacional Tororó. O delegado, que estava afastado das funções havia cerca de 30 dias, devido a problemas psiquiátricos, disparou primeiro contra a própria esposa e a empregada da família, Oscelina Moura Neves de Oliveira, 45.
Em seguida, pegou o filho de 7 anos e dirigiu até o Hospital Brasília, onde exigiu atendimento e, por fim, atirou contra a enfermeira-chefe da unidade, Priscilla Pessôa Rodrigues, 45 anos.
Mikhail está internado na Ala Psiquiátrica do Hospital de Base (HBDF) e não pôde comparecer à audiência. Contudo, foi representado pelo advogado. Por meio de nota, a defesa informou que, em respeito à gravidade dos fatos, bem como à confidencialidade e ao sigilo legal das investigações, só se manifestará publicamente em momento oportuno.
Mikhail estava lotado na 30ª Delegacia de Polícia (São Sebastião). No momento da prisão dele, foram apreendidas duas armas de fogo – uma particular e uma funcional. A prisão do policial foi efetuada pelo Batalhão de Policiamento de Choque (Patamo), com apoio do Grupo Tático Motociclístico (GTM) 25, ambos da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).
Estado de saúde das vítimas
Andréa foi transferida do Hospital de Base (HBDF), da rede pública, para o DF Star. A mudança para a unidade de saúde privada se deu após a paciente apresentar quadro estável, além de ficar consciente e orientada.
Até a mais recente atualização desta reportagem, Oscelina Moura Neves de Oliveira, seguia internada no HBDF. Ela passou por cirurgia, está em estado grave e segue sob acompanhamento da equipe hospitalar.
Terceira vítima dos disparos do delegado, a chefe de enfermagem Priscilla Pessôa Rodrigues, permanece internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Brasília, no Lago Sul, “sob cuidados especializados”.
Por meio de nota, a unidade de saúde, onde Priscilla trabalha, lamentou profundamente o ocorrido e se solidarizou “com os colegas da unidade, com a família da colaboradora e com as demais vítimas do triste evento”.